domingo, 18 de julho de 2010

A Fita Branca - filme


Sempre quando vejo um filme que me impressiona e que tem algum tipo de conteúdo, costumo postar aqui. Como foi o ensaio sobre a cegueira, a jornada etc.
São duas horas de filme preto e branco, mas em que em nenhum momento tive votnade de parar de ver. é um filme que te instiga a ver até o final para saber quem fez tantos crimes, que será a pessoa que tem distruido o "equilibrio" da aldeia protestante? "A moralidade das familias, o sistema de criação dos filhos, mostra a intolerancia do errar humano, a cobrança de um comportamento não ilustrado pelos pais, mas cobrado aos filhos. E isto, faz nascer um sentimento de revolta e a sede de vingança que acaba sendo dirigida no meio das crianças". Encontrei uma critica que considero a mais fiel a sentimento que tive durante o filme e gostaria de compartilhar aqui: por Paulo Leite, "É um filme forte, sem concessões, que avança a cada minuto na narrativa dos dramas de uma pequena aldeia alemã — que funciona como um universo em miniatura daquela Europa aristocrática que iria desmoronar na Primeira Guerra Mundial.

Li em vários lugares que A Fita Branca ajuda a entender a geração que iria sustentar o nazismo de Adolf Hitler, quinze anos depois. É um argumento indevido e desnecessário, pois o filme é bom por si. Fala de um mundo anterior ao nazismo, mas também anterior ao comunismo e à propria democracia. Michael Haeneke fez uma obra clássica, em preto e branco.

O filme mantém um distanciamento que, graças a Deus, livra o espectador de uma praga que inevitável no cinema, na TV e até no noticiário dos dias atuais — o melodrama. Seu objetivo não é provocar as glândulas lacrimais do espectador, mas dinamizar os neuronios.

A Fita Branca tem um narrador e vários personagens, que surgem na tela na medida em que o roteiro descreve uma sucessão de crimes numa pequena aldeia onde vigora um sistema de servidão diante de um barão que possui a maioria das terras férteis e controla mais da metade dos empregos isponíveis, distribuindo favores e castigos de acordo com as conveniencias do momento.

O filme trata de vários tipo de violência, inclusive no trabalho, e que envolve adultos, mas o assunto principal são agressões contra crianças — desde castigos físicos até tortura. A Fita Branca mostra ainda um caso de estupro incestuoso, empregando um realismo que o cinema poucas vezes mostrou em situações desse tipo.

No começo do filme, o espectador pode até ficar com a impressão de que vai assistir a uma grande crônica policial, e que, no final, os crimes vão se esclarecer e os culpados serão identificados. Não. Haeneke não está interessado numa história policial, mas em fazer uma dolorosa cronica social de um mundo sufocante.

Seu assunto é a sordidez e a crueldade, a falta de perspectivas, o desrespeito pelas pessoas e o cinismo. Acima de tudo, A Fita Branca descreve um universo alimentado por uma brutalidade irracional e contagiante, que atinge e envolve suas próprias vítimas.

Há muito tempo um filme não me deixava tão impressionado pela precisão de cada diálogo, pelo cuidado na construção de cada personagem — pela capacidade para contar sua história com um controle absoluto do tempo da narrativa."


quarta-feira, 14 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

futuro

Estava pensando... Para muitas pessoas, quando falamos do futuro, gera um pavor, um medo. Não digo que certas coisas também não me assustam. Eu escrevo sobre isso porque lembrei de um site que podemos mandar um email para daqui 50 anos (futureMe). Mostrei para o meu noivo e a primeira coisa que ele quis fazer foi mandar um email com data mais distante. Na minha cabeça eu pensei, como assim? Imagina se a gente não existir mais? Acho que seria muito triste receber esse email.

O filme P.S. Eu te amo retrata a vida de um casal vivendo felizes até o dia que o cara descobre que tinha uma doença e que ira morrer. Com isso ele deixou tudo planejado antes da morte escrevendo várias cartas que guiavam sua esposa no dia a dia até a superação de sua morte. Todos os dias ela recebia uma nova carta que lhe ajudava a resolver mais um problema, sendo assim ela já esperava que alguém entregasse algo novo de uma forma inusitada. No dia do aniversário de Holly, a esposa, ela ganhouum bolo, uma carta pedindo para que fosse colocado um vestido de seda e saisse com os amigos. Imagina que doido isso?

Claro que isso seria uma loucura, pois ele teve que contratar serviços e pagar tudo antes de morrer. Já no email, podemos fazer isso de brincadeira, sem pagar nada e dando risada. Mas como será que vamos receber esses emails daqui 50 anos? Ou, como foi mandado para um email familiar, quem vai ler? Mandei um email na sexta, para quando eu completar 1 ano de casada e tb outro para o dia do casamento lembrando de algumas coisas.Vai ser engraçado receber. Eu já tinha feito o teste ano retrasado e esses dias eu recebi um email meu dizendo apenas oi. Muito estranho!

Na verdade eu prefiro de viver o hoje e não ficar pensando no amanha, por isso o amanha me assusta de alguma forma... O amanha pertence a Deus! Não escrevi também para contar que estou assustada, mas para compartilhar desse site. Acho que todos ficariam curiosos e tentariam mandar um email para o futuro. O site também é util se quisermos lembrar que temos algo para daqui um ano, facilitaria mais ao inves de salvar nos lembretes de um celular que pode estragar ou no email.

Na reportagem desse link há mais 2 opções de site que possuem esse tipo de serviço.

sábado, 3 de abril de 2010

gastronomia



Um dia numa reunião da pesquisa, um professor meu comentou que está em voga o fato das pessoas se interessarem por gastronomia. Quando vamos a uma livraria podemos ver como tem opções de livros bem projetados de receitas, de comidas típicas, enfim são prateleiras de opções. Então ele citou o livro "O melhor do comidinhas - lugares secretos, dicas gastronômicas e algumas receitas" de Alessandra Blaco. Essa mesma possui um blog bem famoso. Foi paixão a primeira vista pelo livro devido ao projeto gráfico e também por falar dos doces de Pelotas. Ele parece um caderno de receitas antigo, aqueles que colocamos post its, deixamos recortes de jornal e algumas fotos. As ilustrações também são muito legais. Comprei!



Quando viajei para Alemanha, estava dando este filme Julie&Julia como opçao, mas como passei o dia viajando e estava muito cansada, além dos fones não serem adequados para mim, não consegui assistir e então dormi, lembrava apenas das cenas finais quando acordei com uma pequena turbulência. Então, ontem voltei a assistir o filme. Amei as cores, a trilha sonora, a fotografia, as partes que falam em frances, a história. E tudo isso me fez lembrar do meu livro, esse que comprei, e me fez relatar aqui a paixão por gastronomia. Agora mais do que nunca preciso incluir novas receitas no meu cardápio a partir de setembro, já que vou casar.

"Baseado em duas histórias reais, Julie & Julia intercala a vida de duas mulheres que, apesar de separadas pelo tempo e pelo espaço estão ambas perdidas... até descobrirem que com a combinação certa de paixão, coragem e manteiga, tudo é possível." "Julia Child é uma americana que passou a morar em Paris devido ao trabalho de seu marido. Em busca de algo para se ocupar, ela se interessou por culinária e passou a apresentar um programa de TV sobre o assunto. Cinquenta anos depois, Julie Powell está prestes a completar 30 anos e está frustrada com a vida que leva. Em busca de um objetivo, ela resolve passar um ano cozinhando as 524 receitas do livro de Julia Child, "Mastering the Art of French Cooking". Ao longo deste período Julie escreve para um blog, onde relata suas experiências."

Fica ai as dicas do livro e do filme. Muito legal!

Uma coisa legal que Julie enfrentou no início quando fez o blog era a de ninguém comentar. Acredito que aqui seja a mesma coisa, muitos leem mas não comentam. Então ela perguntou num de seus posts: Alguem está lendo? e fez um outro post: Ninguém? e até que um leitor respondeu. Nós que escrevemos no blog não temos a noção exata que quem ve e le nossos pequenos relatos, mas quando temos a prática de todos os dias deixarmos alguma coisa escrita, certamente de alguma forma uma pessoa se interessará e começará a acessar diariamente. Peço desculpa aos que passam por aqui por não ser tão assídua e sempre falar que vou voltar e não volto. Planos temos muitos de escrever, o problema é conseguirmos manter isso por um longo período como Julie conseguiu. :)

quinta-feira, 18 de março de 2010