domingo, 22 de fevereiro de 2009

A menina que roubava livros



Acabei de ler o livro "A menina que roubava livros". Já tinha feito uma postagem para publicar aqui, na sexta-feira. Se eu não tivesse terminado colocaria da forma já escrita, mas como acabei derramar algumas lágrimas com o término da leitura as coisas mudaram...

Fazia algum tempo que eu queria ler, mas sempre esperando a promoção nas livrarias para adquirir essa grande história. Vi na Fnac que tinha entrado em promoção e então quando o encontrei li a contracapa: "Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.", ja começa por aí. A contracapa mostra apenas uma frase em vermelho que impacta. Nada de sinopses. Uma amiga já tinha me dito que o livro era bom, mas isso já faz algum tempo e eu não lembrava mais do que se tratava totalmente a história.

Já li e vi diversos filmes que contam a história da Segunda Guerra, mas nenhum teve tanta intensidade como este no meu percurso. Quem conta a história é a morte. Já tinha me prometido em não ler mais nada sobre esta história por um bom tempo... Mas a realidade foi outra entrei no mundo de Liesel Meminger, menina personagem deste livro. Personalidade forte ao mesmo tempo amável, fria, sofrida, mas que faz tudo segura tudo sem chorumelas... É a inocência de uma criança em meio a realidade de uma guerra brutal. Para sair desta realidade, a menina acaba se apaixonando cada vez mais por livros e como é de uma familia pobre a solução para suas leituras é roubá-los.

Podemos apresentar este livro assim, como está nas primeiras páginas:
Uma menina
Algumas palavras
Um acordeonista
Uns alemães fanáticos
Um lutador judeu
E uma porção de roubos.

Posso adicionas que tinham:
dois pais de criação
irmão morto
neve
céu vermelho
o enrolador de cigarros
bombas...

Este livro eu lia no ônibus indo para o trabalho e na volta. Antes de dormir até cansar de espiar mais algumas páginas. O jeito que tudo é contado pelo autor australiano Markus Zusak me encantou. É de uma maneira que te faz sentir parte da história. Chegando para trabalhar na empresa é estranho conversar com os alemães (trabalho numa empesa alemã). Vejo diante de mim a frieza que é a personalidade deles, assim como é sentida no livro. Mas ler estas coisas me deixam mais curiosa sobre os costumes desta nação. Ao mesmo tempo me causa um emaranhado de sentimentos. Queria poder perguntar para os que sou mais amiga o que eles pensam dessa Guerra, dessa destruição toda. Uma amiga disse que muitos deles se envergonham, outros ainda se orgulham...

A menina que roubava livros chegou num momento em que teve vontade de matar as palavras e se perguntou: "As palavras. Por que tinham que existir? Sem elas, não haveria nada disso. Sem as palavras o Führer(chefe em alemão) não era nada..."

Acho que quem já leu lembra da parte em que Liesel presenteou seu amigo com algumas coisas amáveis, e ontem andando pela estrada vi estas nuvens e lembrei desta parte. Não é o mesmo que imaginei, mas tinha muita semelhança. "Como se dá a alguém um pedaço de céu? -Decore-a. Depois escreva-a para ele.

Não consegui conter minha ansiedade de contar essas coisas que participei nesses últimos dias. Vou sentir falta destes personagens, dessas histórias...


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